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Oi, pessoal!
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É comum ouvirmos que mulher nunca está satisfeita, que está sempre querendo algo novo, e blá blá blá.. não é mesmo?!
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Apesar do machismo impregnado nessas afirmações, ela não está tão errada. Na verdade, o ser humano (de modo geral) está sempre em busca de algo a mais, se comparando com o outro e acreditando que para ser feliz precisa ter o que ainda não tem [e sempre esquecendo de valorizar o que já conquistou].
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Viver é mais simples do que pensamos, mas temos a fantástica capacidade de complicá-la cada vez mais, na busca incansável pela felicidade.
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Para entendermos melhor esse meu comentário, deixo um texto da Martha Medeiros que nos ajudará a parar de complicar tanto e enxergarmos a felicidade de forma realista.
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“FELICIDADE REALISTA”
( Martha Medeiros )
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A princípio, bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos.
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Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis.
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Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas.
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E quanto ao amor? Ah, o amor… não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo.
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Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar à luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito.
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É o que dá ver tanta televisão.
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Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista.
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Ter um parceiro constante, pode ou não, ser sinônimo de felicidade. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum.
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Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio.
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Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade.
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Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno.
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Olhe para o relógio: hora de acordar. É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz mas sem exigir-se desumanamente. A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se.
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Invente seu próprio jogo. Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade.
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Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade.
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